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2012 - Livro Vermelho 2013

Posoqueria palustris Mart. NT

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 11-06-2012

Criterio:

Avaliador:

Revisor: Miguel d'Avila de Moraes

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Espécie arbustiva a arbórea baixa endêmica da Mata Atlântica do Sudeste e Sul do Brasil, nas formações pluviais de terras baixas a montanas. Extensão de ocorrência de 95.279 km² é conhecida de 10 situações de ameaça. A série histórica das coletas faz suspeitar um declínio populacional, a última coleta data de 1999. No entanto é necessário maior informação sobre sua estrutura populacional ou análise de viabilidade populacional, para verificar tendência populacional futura.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Posoqueria palustris Mart.;

Família: Rubiaceae

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Descrita em Flora 24(2): 78. 1841. Caracteriza-se pela abundante pubescência em quase toda a planta, sendo pubérulo-tomentosa na face abaxial da folha e face externa da corola, por isso facilmente reconhecida, somada a textura da folha (Macias; Kinoshita, 2007).

Distribuição

Espécie endêmica da flora brasileira; ocorre nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro (Barbosa, 2012).

Ecologia

Caracteriza-se por arbustos a arvoretas de 1,5-5m de altura; coletada com flores de Setembro a Janeiro, com frutos em Junho e Julho (Macias; Kinoshita, 2007); apresenta flores hermafroditas, provavelmente polinizada por mariposas (Delprete, 2009); dispersão zoocórica (Rebelo, 2006).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes OEstado de São Paulo originalmente possuía aproximadamente 81,8% (20.450.000 ha)de seu território coberto por Mata Atlântica. Hoje, a Mata Atlântica no Estadorepresenta cerca de 18% da remanescente no Brasil, concentrando-se ao longo dolitoral e encostas da Serra do Mar, significando cerca de 8,3% da área doEstado e 83,6% da vegetação nativa ainda existente no Estado. Mesmo em áreasprotegidas ocorrem ameaças como invasões de populações marginalizadas(favelização de manguezais e encostas), especulação imobiliária), mineração,extrativismo vegetal clandestino, caça e pesca predatórias, lixões, poluição daágua, mar, ar e solo e chuva ácida sendo essas ameaças permanentes àconservação dos remanescentes da Mata Atlântica no estado de São Paulo (Costa, 1997).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes OEstado do Rio de Janeiro apresentava 98,59% de sua área coberta por FlorestaAtlântica. No entanto, assim como no restante do territóriobrasileiro, esta formação vem sofrendo ao longo dos séculos um intenso processode fragmentação e redução, especialmente devido a sua localização. As florestas doestado do Rio de Janeiro estão entre as mais ameaçadas, já que cobrematualmente menos de 20% da área florestal original (Fonseca, 2009).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes As Restingas estãolocalizadas em áreas costeiras. O intenso processo de degradação acentuou asalterações e a perda de seus habitats. A modificação contínua de suas paisagens resultouem uma considerável perda de suas áreas devido ao desmatamento. O estado do Rio de Janeiro é uma região da costabrasileira com o maior índice de ocupação humana, suas áreas de Restinga estãosob um dos maiores índices de pressão antrópica (Rocha etal., 2007).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes O ecossistema Restinga está seriamenteameaçado ao longo de toda a costa brasileira, devido à forte pressão antrópicacausada pela pecuária, agricultura, desenvolvimento urbano, e turismo. Apenaspoucas áreas deste ecossistema estão protegidos (precariamente), e açõesurgentes são necessárias a fim de assegurar a conservação desse importanteecossistema (Delprete, 2000).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Presumivelmente Extinta (EX) pela Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).

4.4.3 Management
Situação: on going
Observações: Espécie ocorre em Unidade de Conservação: Estação Ecológica Estadual do Paraíso e Reserva Biológica de Poço das Antas, no estado do Rio de Janeiro (CNCFlora, 2011).

Referências

- BARBOSA, M.R. Posoqueria palustris in Posoqueria (Rubiaceae) in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB014152>.

- MACIAS, L.; KINOSHITA, L.S. Posoqueria (Rubiaceae). In: MELHEM, T.S.; WANDERLEY, M.G.L.; MARTINS, S.E.; JUNG-MENDAÇOLLI, S.L.; SHEPHERD, G.J.; KIRIZAWA, M. Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. São Paulo: FAPESP, p.386-388, 2007.

- COSTA, J. D. B. A Reserva da Biosfera da Mata Atlântica no estado de São Paulo., São Paulo, 1997.

- FONSECA, R.N. Estrutura e composição florística do estrato arbóreo em um trecho de floresta ombrófila densa submontana no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Guapimirim, RJ. Monografia. Seropédica: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (Instituto de Florestas), 2009.

- ROCHA, C.F.D.; BERGALLO, H.G.; VAN SLUYS, M.; ALVES, M.A.S.; JAMEL, C.E. The remnants of restinga habitats in the brazilian Atlantic Forest of Rio de Janeiro state, Brazil: Habitat loss and risk of disappearance., Brazilian Journal of Biology, v.67, p.263-273, 2007.

- DELPRETE, P.G. Melanopsidium Colla (Rubiaceae, Gardenieae): a monospecific Brazilian genus with a complex nomenclatural history., Brittonia, v.52, p.325-336, 2000.

- REBELO, M.A. Florística e Fitossociologia de um remanescente florestal ciliar: subsídio para a reabilitação da vegetação ciliar para a microbacia do Rio Três Cachoeiras, Laguna, SC. Mestrado. Criciúma: Universidade do Extremo Sul Catarinense, 2006.

- ZAPPI, D.; BARBOSA, M.R.V.; CALIÓ, M.F. ET AL. Rubiaceae. In: STEHMANN, J.R.; FORZZA, R.C.; SALINO, A. ET AL. Plantas da Floresta Atlântica. p.449-461, 2009.

Como citar

CNCFlora. Posoqueria palustris in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Posoqueria palustris>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 11/06/2012 - 20:21:58